A dor é uma coisa que não se mede, é como se não tivesse dimensão. Ela simplesmente se sente e a que estou sentindo agora é terrivelmente profunda. Meu genro, meu quase filho, descanse em paz nesse mundo que agora se tornou mais bonito.
Eu vou chorar as vezes que precisar. Vou lutar para chorar cada vez menos, mas agora é impossível controlar. Parece que foi ainda ontem que seu coração batia com toda força e seu sorriso estava mais bonito do que nunca.
E hoje nem o seu coração bate nem o seu sorriso surge! A injustiça é sempre chamada na hora da morte e desta vez não será exceção, bem pelo contrário. É no seu adeus que sua invocação mais se acentua e faz sentido.
Mas quem sabe um dia eu até compreendo e aceito o desígnio da vida e da morte. Quem sabe eu até lidarei melhor com esta decisão do juiz maior deste mundo. Mas agora eu não consigo! Você foi, é e sempre será como um filho para mim!