Os minutos passam, as horas também e os dias, os meses, os anos, as décadas... Sinto tanto sua falta, primo! O tempo passa a uma velocidade incontrolável; tão lenta que não leva esta dor que meu luto tenta combater.
Eu faria tudo, meu bom primo, mas tudo mesmo para ter mais um minuto ao seu lado. Precisaria de me recompor e logo de seguida abraçaria seu corpo e em um abraço tomaria conta do tempo que veloz se tornaria.
Acho que só preciso disso para voltar ao caminho e à estrada que a vida me levou a escolher. Parece que para ser feliz de novo eu precisaria de mais um minuto, de mais um abraço, de uma ou duas palavras.
É como se algo não estivesse resolvido, sabe? E talvez não esteja mesmo, não sei. Mas agora nada posso fazer para contrariar este desígnio da vida. Descanse em paz, meu primo, e se puder me ajude aí de cima a ser quem era. Até um dia.