Minha avozinha, minha segunda mãe, minha doce rainha. Você se foi e deixou a minha vida vazia, sem cor, sem sabor, e sem o seu amor de vó. O domingo já não tem a mesma graça, a cadeira de balanço já não se mexe, e já não há pão de ló.
Você que sempre esteve presente em minha vida com o seu cheirinho de pó de arroz. Você que trazia alegria com os seus vestidos floridos de primavera. Você que cantarolava cantigas de ninar e brincar agora já não está cá.
Como vai ser, vovozinha, brincar de amarelinha no seu quintal sem banho de mangueira no final? E como vai ser no natal? O meu coração se aperta como um laço com nó cego, dói como se tivesse sido acertado por prego e martelo. Já sinto tanta saudade que sei que nem com a idade irá acabar.
Fica com Deus vovozinha, eu sei que um dia eu vou voltar a encontrar você.