Olho para o céu à sua procura, meu pai. É tão difícil viver sem você, não encontrar o seu abraço nas horas mais duras, nem sentir a sua mão no meu cabelo ou o seu olhar que tanto me confortou.
Tenho sorte em ser sua filha, mas vivo triste por já não compartilharmos o mesmo mundo! Talvez um dia nos reencontremos em outro lugar, não sei. Espero que sim, porque tenho ainda tanto para lhe contar!
E preciso tanto, mas tanto de você. A raiva de a morte o ter roubado de mim está a desvanecer: você sempre me ensinou a viver leve e livre, sem pesos. Mas a saudade, essa nunca irá me deixar.
Sinto que por mais anos que passem eu nunca irei preencher este vazio que a sua despedida me deixou. Quem sabe um dia eu até consiga compreender melhor os desígnios da vida e da morte, mas agora ainda é cedo; não consigo.
Descanse em paz, meu pai querido! E até ao dia do nosso reencontro.