Às vezes, damos tanto pelos amigos, tudo que temos e o que não temos, uma parte significativa do nosso tempo e do nosso esforço para depois sermos ignorados quando mais precisamos. Dói, dói muito receber esse desprezo vindo de pessoas que julgávamos estarem ao nosso lado em todos os momentos. É uma decepção difícil de explicar.
Não era atenção ou protagonismo que procurava. Não era querer demasiado de pessoas que também têm sua própria vida para cuidar. Apenas fica bem um pouco de preocupação, um carinho, uma palavra amistosa. Afinal, de que vale fazermos amizades se acabamos por não cuidar delas como deveríamos?
Sinto que continuo em um barco à deriva, largado em pleno mar sem ninguém para me agarrar. Mas vou tentar encontrar o rumo mesmo assim, dar um jeito à minha vida e prosseguir meu caminho. Não interessa como, sei é que só poderei contar comigo mesma. E é assim que vou vencer, não me restam alternativas.